Fórum que reúne 37 carreiras típicas de Estado deliberam movimento em protesto contra aumento apenas a favor dos policiais federais; a Anajus apoia o envio de manifestações a favor de reposição da categoria dos analistas ao STF e à PGR

Anajus Notícias
29/12/2021

A batalha dos servidores públicos contra o Palácio do Planalto, após a inclusão de um reajuste salarial de R$ 1,7 bilhão para policiais federais no Orçamento de 2022, terá mais um desdobramento. Nesta quarta-feira, a segmentos ligadas às carreiras típicas de Estado se reúnem para discutir uma greve geral. A intenção é pressionar por um aumento salarial para outras categorias.

Pedidos de reajuste salarial dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União estão sendo encaminhados ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República. Os servidores reclamam que não previsão de reajuste salarial para os servidores dessas instituições desde 2016, com a última reposição em janeiro de 2019, sem corrigir as perdas inflacionárias. A Anajus apoia essas manifestações e já fez estudos mostrando a perda de poder aquisitivo dos analistas.

Os servidores do Banco Central, por sua vez, se preparam para apresentar um pedido geral de exoneração dos cargos comissionados. Eles pretendem repetir o movimento de protesto que ocorreu na Receita Federal na semana passada, segundo inf0rmações do jornal Correio Braziliense. Na semana passada, auditores fiscais abriram mão de mais de 700 cargos de chefia, com impacto nos serviços alfandegários do país, e ameaçaram uma grave e operação tartaruga a favor da aprovação de Bônus Eficiência.

De acordo com Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), o Orçamento Público aprovado pelo Congresso Nacional apresenta graves distorções, que precisam ser corrigidas. Ele cita as emendas de relator (RP9) e o Fundão Eleitoral. Nas contas de Marques, ao somar os dois valores, seria possível “uma recomposição salarial linear para os servidores civis na ordem de 10%”.

O Fonacate concentra 37 associações e sindicatos de carreira de Estado, das quais 30 são a nata do funcionalismo, como diplomatas e peritos, bem como servidores do Tesouro Nacional, Controladoria Geral da União e da Receita Federal. As entidades reúnem mais de 200 mil servidores públicos associados.