Manifestantes esticam faixas e distribuem cartilhas em defesa da elevação de escolaridade dos técnicos para nível superior, sem precisar de aprovação em novo concurso público
Anajus Notícias
13/09/2018
Manifestantes levaram nesta quarta-feira (12) a defesa do Projeto NS (Nível Superior), também conhecido como ‘trem-bala da alegria’, para o aeroporto de Brasília. Lá esticaram faixas e distribuíram panfletos aos convidados para a posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.
A ação no aeroporto foi organizada pela Federação dos Trabalhadores da Justiça Federal e do Ministério Público da União (Fenajujfe), que defende o Projeto NS, o chamado eni-esse, cujo texto propõe a transformação dos cargos de nível médio dos técnicos judiciários para nível superior para efeito de aproximação e equiparação aos cargos dos analistas, sem a exigência de concurso público para a ascensão funcional.
“Os servidores buscam apoio da magistratura para cobrar que Toffoli envie o anteprojeto de lei com a alteração pretendida pelo segmento”, aponta o site da Fenajufe.
Uma das faixas da mobilização no aeroporto Juscelino Kubitschek apontava que a elevação da escolaridade só vale para os próximos concursos públicos. Para a assessoria da Anajus (Associação Nacional dos Analistas do Poder Judiciário e do Ministério Público da União), o argumento não procede. Irá servir para melhorias salariais do segmento e impedir o acesso de milhões de pessoas com curso médio ao funcionalismo público.
Equiparação no futuro
Essa previsão de melhoria salarial embutida na proposta foi cogitada pelo técnico e ex-diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF) Amarildo Vieira Oliveira, ao analisar o Projeto NS. “Inicialmente, o impacto é zero. No entanto, quem pede uma melhora, por menor que seja, é óbvio que não a quer à toa. Os analistas têm razão. No futuro, os técnicos vão querer, se não equiparação, pelo menos uma aproximação de salários”, admitiu.
A manifestação contou com a participação de analistas, que contribuem para a extinção do cargo, participando de tal movimento. Além da recepção, foi distribuído um folheto informativo quanto à necessidade do nível superior para Técnicos, que pode ser acessado nesse LINK
MENTIRAS!!!
Analistas associados à Anajus consideraram como “Mentira” os principais destaques levantados pela entidade:
1) O cargo de técnico está em processo de extinção/terceirização. O eni-éssi evitará essa iniciativa. MENTIRA!
2) O eni-éssi valorizará o técnico judiciário, embora sem impacto financeiro. MENTIRA!
3) O eni-éssi corrigirá o desvio de função. MENTIRA!
4) Não existem mais atribuições/atividades “de nível médio” na estrutura do PJU/MPU. As atividades do técnico judiciário exigem nível superior. MENTIRA!
5) A maioria dos técnicos judiciários possui graduação ou escolaridade superior. MENTIRA!
6) O eni-éssi não prejudica os analistas. MENTIRA!
7) O eni-éssi é de interesse público e da administração. MENTIRA!
8) O eni-éssi é um fim em si mesmo. MENTIRA!
9) O eni-éssi não é elitista, apenas corrige uma distorção na seleção dos técnicos. MENTIRA!
10) Todas as carreiras que alteraram o requisito de ingresso do cargo de nível médio para superior vivem em paz com o cargo de nível superior anterior. MENTIRA!