Samuel Moreira disse ainda que a inclusão de servidores estaduais e municipais só deve ser discutida no plenário da Câmara.

Geralda Doca, O Globo
18/06/2019

Apesar da pressão da equipe econômica, o relator da reforma da Previdência , deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), praticamente, descartou a reinclusão do regime de capitalização na proposta que altera as regras das aposentadoria. Segundo ele, não há ambiente político para discutir, ao mesmo tempo, mudanças no sistema atual e um novo modelo previdenciário para o país, como de capitalização, no qual os trabalhadores poupam para própria aposentadoria.

Para o deputado, a insistência do governo em impor o tema da capitalização pode prejudicar a aprovação da estrutura central da reforma, como idade mínima, novas regras para pensão, aposentadoria e acumulação de benefícios.

“Esse tema (capitalização) pode ser reintroduzido a qualquer o momento, mas talvez o ambiente não seja favorável para discutir algo, que é uma proposta nova, no momento que você reforma o sistema atual. Então, você tem a reforma atual e uma nova proposta e quando se discute ao mesmo tempo, você cria dificuldades”, disse o relator.

“Talvez a construção de um sistema de capitalização novo de conta individual possa ser discutido da maneira exclusiva, separadamente, com mais profundidade e com mais tempo para que se possa tomar uma decisão madura, o que ainda não foi o caso”.

Com relação aos estados e municípios, que também ficaram de fora da reforma, Moreira deu igualmente a entender que não pretende inclui-los no seu relatório, na forma de complemento ao voto, ainda na Comissão Especial. Segundo ele, o melhor momento para fazer com que a proposta valha também para os servidores estaduais e municipais é durante a votação da matéria no plenário da Câmara dos Deputados, caso haja concordância com os líderes, de olho nos 308 votos necessários para aprovar a proposta.

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