O presidente da Câmara dos Deputados vem tentando quebrar a resistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos servidores públicos; hoje eles se encontram sobre orçamento para 2021

Metrópoles e O Globo
Marcelo Montanni
18/08/2020

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segue tentando quebrar a resistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos servidores públicos em relação à reforma administrativa, que mexe com as carreiras no funcionalismo público.

Mesmo sem a proposta em mãos, o parlamentar afirmou, nesta terça-feira (18/8), que o objetivo da reforma não é reduzir o tamanho do Estado.

“Não estamos aqui falando em reduzir o tamanho do Estado, mas a qualidade do serviço público é fundamental”, afirmou Maia, na 21ª Conferência Anual Santander.

O deputado reiterou que a reforma também não visa perseguir servidores, mas sim modernizar a administração pública. “Mais de 70% da população espera uma reforma, que olhe a qualidade do serviço público, do serviço na ponta, onde o mérito esteja dentro do ambiente do servidor público. Hoje, não há estímulo na progressão (de carreira). O dinheiro que entra no serviço público precisa ter um olhar de qualidade e de produtividade que hoje não existe no Brasil”, disse.

O presidente da Câmara avalia que há ambiente favorável no Parlamento para o debate da reforma administrativa avançar. No entanto, a proposta está engavetada há mais de um ano no governo Bolsonaro. Servidores cobram diálogo de Maia e do governo.

A reforma administrativa poderá entrar em pauta hoje de manhã durante encontro de Maia com o presidente Jair Bolsonaro. Um dia após criticar duramente a proposta orçamentária do governo, Maia tomará café da manhã com  Bolsonaro nesta quarta-feira (19). Na terça, Maia afirmou que “não faz nenhum sentido” o plano do Planalto, revelado pelo GLOBO, de destinar mais recursos para o Ministério da Defesa do que para o Ministério da Educação em 2021. Na reunião entre os chefes do Legislativo e do Executivo, o planejamento financeiro para o ano que vem deverá ser um dos assuntos em pauta.

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