A migração é a forma que as aves, em revoada, encontram para buscar um lugar ideal, com melhores condições alimentares e climáticas. É um fenômeno voluntário, periódico e, acima de tudo, coletivo.
METRÓPOLES
31/05/2018
Diferentemente dos pássaros, cujo movimento é sazonal e por conveniência, a migração para os servidores públicos tem dia marcado: 28 de julho de 2018. Isso porque essa é a data-limite para esses trabalhadores decidirem se optam ou não pelo novo modelo de previdência complementar. Perguntará o servidor, qual rumo tomar? Nesse caso, não há aves migratórias para acompanhá-los até um lugar seguro, longe do frio do inverno.
Antes de 1998, o servidor entrava na revoada e sabia que encontraria um lugar ao sol, pois a decisão podia ficar nas mãos dos seus representantes sindicais e de parlamentares. Mas, 20 anos depois, acompanhar a revoada pode colocar em risco a própria sobrevivência e de sua família – a migração passou a ser uma escolha personalíssima.
O adiamento da votação da PEC nº 287/2016, a tão anunciada “reforma da Previdência”, criou mais uma dificuldade para o planejamento individual. Afinal, o servidor terá de trabalhar com uma incerteza de cenário futuro, pois deverá tomar a decisão de migrar ou não sem saber se haverá, de fato, a reforma da Previdência. Dependendo da resposta dada até 28 de julho de 2018, a “tranquilidade” financeira do funcionário poderá estar prejudicada.
Portanto, a decisão de migrar e aderir à previdência complementar do servidor público deve ser analisada individualmente, com base no seu histórico laboral, enquadramento jurídico previdenciário e em suas perspectivas sobre o futuro.
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