Bolsonaro recebeu profissionais da imprensa para um encontro no Palácio do Planalto e falou que aceita negociar pontos da reforma da Previdência. Um dos pontos seria a idade mínima para a mulher ser aposentar
GLOBO
28/02/2019
O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta (28), que aceita negociar pontos da reforma da Previdência e que a idade mínima de aposentadoria das mulheres pode baixar para 60 anos.
Era começo de expediente no Palácio do Planalto. O encontro, o primeiro de profissionais da imprensa com o presidente Jair Bolsonaro, foi num salão ao lado do gabinete presidencial. Também foram convidados o vice-presidente Hamilton Mourão, os ministros do gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, o organizador da reunião.
“Com autorização do presidente de quebrar o protocolo para inicialmente agradecer a presença de todos senhores e senhoras da imprensa, instituição essencial e fundamental na democracia, e é um entendimento de todos nós aqui no nosso Palácio do Planalto”, disse o porta-voz.
Ao dar as boas-vindas aos jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro destacou a importância do papel da imprensa para a democracia e a sociedade. Disse que, se tinha usado redes sociais até aqui, pretendia, cada vez mais, informar à população por meio da comunicação profissional. Segundo ele, é uma necessidade desse momento em que o governo busca convencer os parlamentares e a população sobre a importância da aprovação da reforma da Previdência.
Pela reforma, o presidente disse que o governo tem que dar todas as explicações ao Congresso, se organizar para as votações e reforçou que vai buscar o apoio sem o toma lá dá cá – troca de cargos e favores políticos.
Ele se referiu ao que chamou de algumas gorduras na proposta de reforma que, na negociação com o parlamento, poderão mudar. Citou: o benefício de prestação continuada BPC. O texto da reforma da Previdência eleva dos 65 para 70 anos a idade para que o idoso de baixa renda receba o benefício de um salário mínimo; para compensar, a reforma prever que a partir dos 60 anos esses idosos recebam um benefício de R$ 400.
Outros pontos de negociação seriam a aposentadoria rural e a idade mínima para mulher ser aposentar. Em vez de 62 anos, como estabelece a proposta, 60 anos.
A maior parte da conversa com jornalistas, que duraria 40 minutos, foi sem a divulgação dos registros de imagens e som. O presidente falou sobre a recuperação da saúde dele, disse que está bem. Se lembrou do atentado de que foi vítima. Afirmou que as investigações deverão ser concluídas no mês que vem. Se lembrou da facada, ficou emocionado. Disse que sentiu medo. Falou da familia, da primeira-dama dona Michele, da filhinha Laura e da relação com os três filhos.
O presidente disse textualmente: abre aspas “nenhum filho meu manda no governo”, fecha aspas. E que o senador Flávio, o deputado Eduardo e o vereador Carlos têm carreiras autônomas. Quanto a Carlos que o ajuda na comunicação nas redes sociais o presidente disse que pediu o que chamou de uma “segurada”. E que vai cuidar, ele próprio, da moderação de conteúdos postados em redes sociais.
Sobre as relações com o governo de Israel, afirmou que a mudança da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, como fizeram os Estados Unidos, e chegou a ser cogitada no Itamaraty, não está assegurada ainda ou descartada de vez. O governo vai considerar um conjunto de interesses nacionais, estratégicos e comerciais, antes de decidir.
Para ler a notícia na íntegra, clique AQUI.