Associações têm mantido reuniões com membros do governo, congressistas e até contrataram escritório e consultoria política
Poder360
21/09/2020
Após o governo enviar o texto da reforma administrativa para o Congresso, servidores e associações que representam categorias desses funcionários têm se organizado para fazer frente à iniciativa. O objetivo é barrar ao menos 3 pontos do texto: fim da estabilidade, mudança no regime de contratação e o chamado “vínculo de experiência”, que é uma espécie de estágio probatório.
Associações como a Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado), Anafe (Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais), Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), ADB (Associação dos Diplomatas Brasileiros), entre outras, têm mantido reuniões com membros do governo, congressistas e chegaram até a contratar o escritório de lobby e consultoria política do ex-senador Romero Jucá para auxiliar com o processo. A Anajus também apoia o movimento.
Segundo o presidente da Fonacate, Rudinei Marques, o governo inicialmente manteve conversas com servidores. Essa interlocução, porém, foi encerrada de forma abrupta e o texto foi lançado sem diálogo.
“Fomos surpreendidos e estamos encaminhando ações em várias frentes. Comunicação, publicações técnicas e mobilização. São 11,5 milhões de servidores públicos para mobilizar”, explicou o dirigente.
Dessa forma, o grupo irá se reunir nesta 3ª feira (22.set.2020) para definir o lançamento de uma campanha midiática contra a reforma. Ele conta que, na Previdência, foram investidos R$ 1 milhão em propaganda nas redes sociais, rádio e TV. O valor deve ser próximo a isso na atual reforma.
Na época, após pressão de servidores, foram feitas concessões nas aposentadorias que reduziram a meta de economia do governo em 10 anos de R$ 1 trilhão para aproximadamente R$ 800 bilhões.
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