Trabalhos devem ser concluídos dentro de 60 dias
EXTRA
Camilla Pontes
26/04/2020
Após a aprovação do Plano Mansueto (Projeto de Lei Complementar 149/2019, que trata do socorro federal aos estados e municípios) pela Câmara dos Deputados sem as contrapartidas iniciais para a União — entre elas, o congelamento do salário dos servidores por dois anos —, o Senado voltará a defender as medidas. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já declarou que um novo texto pode ser apresentado em alternativa ao aprovado e defendeu que “o setor público também tem que dar a sua parcela”.
Além do congelamento, outras medidas de ajuste fiscal que atingem o funcionalismo podem estar contidas na nova proposta, conforme a original previa, como a unificação de regimes jurídicos. Isso poderia levar a perdas de direitos de servidores estaduais e municipais, como a licença-prêmio, à qual o servidor efetivo tem direito a cada cinco anos.
Outra medida seria a inclusão dos aposentados e pensionistas na despesa com pessoal dos entes. Essa já é uma determinação do Tesouro Nacional, mas com prazo para a obrigatoriedade a partir de 2021. Quando isso ocorrer, praticamente todos os órgãos vão estourar seus limites de gastos estipulados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que prevê, nesses casos, demissão de funcionários comissionados e proibição de promoções, de reajustes e de concursos.
Entidades que representam o funcionalismo argumentam que temas que atingem o funcionalismo não devem constar do Plano Mansueto.
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