Questionado sobre uma possível falta de articulação política de Bolsonaro, o senador afirmou que ‘excesso de atividade da equipe de transição impossibilita que se acompanhe todos os campos na plenitude’

O GLOBO
13/11/2018

O senador eleito Major Olímpio, presidente do PSL de São Paulo, afirmou que aprovação de aumento de salários do STF pelo Senado na semana passada foi uma ‘pancada no povo brasileiro e no novo governo’. Em entrevista ao Jornal da CBN, ele comentou os esforços que a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro teria feito para evitar a aprovação.

Questionado sobre uma possível falha de articulação política, Olímpio disse que o ‘excesso de atividade da equipe de transição impossibilita que se acompanhe todos os campos na plenitude’. O senador eleito garantiu que a equipe está se esforçando para sensibilizar o Congresso para minimizar impactos que, segundo ele, chegariam a R$ 6 bilhões por ano considerando o ‘efeito cascata’ em outras instâncias.

“Há dificuldade de obter compromisso de parlamentar que está deixando mandato no apagar das luzes”, completou ao se referir aos deputados e senadores que não foram reeleitos este ano.

Apesar de admitir os entraves, Major Olímpio disse que, na medida em que Bolsonaro e a equipe de transição se aproximar do Planalto, as negociações ficarão mais fáceis para evitar aprovação de medidas que possam prejudicar as contas públicas.

Olímpio disse não ter desejo pessoal de assumir a presidência do Senado, mas não descartou a possibilidade. Ele disse que ainda aguarda definição de Bolsonaro sobre prioridades nas duas casas do Congresso Nacional para definir nomes a serem apoiados pelo governo. Olímpio disse que ‘a princípio’ não pretende votar em Renan Calheiros, mas que também vai esperar orientação do partido.

O senador eleito pelo PSL teve uma reunião com o governador eleito em São Paulo, João Doria, e disse que o encontro teve ‘princípio republicano’ e que isso não representa alinhamento com o PSDB. Olímpio confirmou que Janaína Paschoal será candidata à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo, mas que o partido será neutro em relação ao governador.

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