Houve manifestações de que a mobilização é necessária para evitar a perda salarial e dos próprios empregos diante da ameaça de votação da Reforma Administrativa após as eleições
Anajus Notícias
16/03/2022
Representantes de entidades de servidores públicos federais de todo o país fizeram na manhã desta quarta-feira, 16, um protesto na Esplanada dos Ministérios para reivindicar o fim do congelamento salarial imposto ao funcionalismo público com a recomposição salarial de 19,99%.
A manifestação foi convocada por um dos principais fóruns dos servidores federais – o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) com o apoio do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), que também participou da manifestação.
Com o protesto, os servidores querem dar um último aviso ao governo em razão da falta de respostas à reivindicação apresentada no dia 18 de janeiro no Ministério da Economia. Do contrário, pretendem lançar uma greve nacional a partir a partir do dia 23.
Um tuitaço pela recomposição salarial está previsto para a partir das 19h pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público.
Perda salarial e de empregos
Em Brasília e em várias capitais, servidores do Judiciário e do Ministério Público da União participaram de manifestações a favor do reajuste emergencial, a exemplo de São Paulo e Porto Alegre. Houve manifestações de que a mobilização é necessária para evitar a perda salarial e dos próprios empregos diante da ameaça de votação da Reforma Administrativa após as eleições.
A mobilização dos servidores foi lançada depois que o presidente apontou em dezembro de 2021 que pode dar aumento só para os policiais, policiais rodoviários e agentes penitenciários em 2022.
Diante da pressão das demais categorias do funcionalismo público, o governo ainda recuou em relação ao reajuste dos policiais e avalia medidas alternativas, como o reajuste do vale-refeição de todos os funcionários públicos no valor estimado de R$ 400,00.
Fontes do governo informam que haverá uma decisão sobre os reajustes em março. A lei eleitoral veda aumentos num prazo de 180 dias antes das eleições, que ocorrem em outubro. Ou seja, é necessário propor o reajuste até 2 de abril deste ano.