O presidente da Câmara dos Deputados afirma que as novas regras da reforma trabalhista só devem valer só para futuros contratados

PODER360
02.09.2019

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta 2ª feira (2.set.2019), ser contra uma reforma administrativa que retire dos servidores públicos o direito à estabilidade. Ele entende que novas regras que vierem a ser implementadas devem valer apenas para futuros servidores.

“No meu radar é tudo para frente. Essa discussão para trás eu acho ruim. Reduzir salário hoje de quem já entrou numa regra, eu acho ruim. Tirar estabilidade de que já entrou com essa regra, é ruim. Eu defendo, para que a gente tenha uma reforma administrativa mais rápida, e que atinja nossos objetivos, que não se olhe para trás. Olhe só para o futuro”, disse depois de encontro com empresários no Rio de Janeiro, organizado pela Abrig (Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais).

Maia disse que nesta 4ª feira (4.set) será realizada na Câmara dos Deputados uma reunião para discutir as queimadas na Amazônia. Ele afirmou ter receio de que a situação cause impacto nos negócios do país. “Falei com a bancada do agronegócio, que estava muito preocupado com o dano [ao país], e que estava disposto a visitar outros parlamentos aqui na nossa região ou na Europa.”

O presidente da Câmara voltou a defender que seja destinado para o combate aos incêndios na Amazônia parte dos recursos de fundo da Petrobras, composto por R$ 2,5 bilhões recuperados a partir da Operação Lava Jato, e repatriados por meio de acordos firmados entre a estatal, o MPF (Ministério Público Federal) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O assunto está sendo avaliado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Maia sinalizou que não deverá levar ao plenário a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 187 de 2016, que trata da exploração de terras indígenas, aprovada na semana passada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados. Foram 33 votos a favor, 18 contra e uma abstenção. “Eu avisei aos deputados. Não é um tema simples de ser debatido. Nesse momento, acho que estamos criando uma polêmica desnecessária no Brasil”, disse Maia.

Questionado sobre a decisão anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro de vetar ao menos 9 pontos do Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado, Maia disse ser 1 direito do presidente da República. “Essa separação entre os Poderes é importante, que fique muito clara. Cada um tem direito de cumprir sua função constitucional. A função do presidente é sancionar ou vetar. E a do Parlamento é manter ou derrubar o veto.”


Com informações da Agência Brasil

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