”É absolutamente imprescindível que venha a contribuição do funcionalismo público nos três níveis (prefeitura, estado e governo federal) durante dois anos”, afirmou ministro da Economia.
Correio Braziliense
Rosana Hessel
20/04/2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender que os servidores públicos devem dar sua cota de sacrifício “em todas as esferas”, municipal, estadual e federal, e defendeu o congelamento dos salários por dois anos para o enfrentamento da crise causada pela Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, em vez de uma redução salarial de 30%.
“Será que os servidores podem contribuir para o Brasil”, questionou Guedes, na tarde desta segunda-feira (20/04) durante uma live organizada pelo BTG Pactual. “Nós pedimos isso porque achamos que é mais importante não tirar o poder de compra”, afirmou.
Ele contou que o governo vem atacando as três despesas incontroláveis. A primeira, segundo ele, foi derrubada com a aprovação da reforma da Previdência. Em seguida, devido a mudança no sistema de aposentadorias foi possível também controlar a conta de juros está mais acomodada devido à redução da taxa básica de juros (Selic), de acordo com o ministro. Mas ainda preciso atacar a despesa com pessoal. “Em dois anos, seriam R$ 100 bilhões a menos de privilégios”, estimou. “Isso é a contrapartida que tem ser dada como medida emergencial para enfrentar essa crise”, destacou.
De acordo com o ministro, a equipe econômica está em constantes conversas com senadores para elaborar melhor essa proposta como contrapartida de repasses de recursos da União para estados e municípios. “Se o salário do funcionalismo não subir em todos os níveis da federação, prefeituras, estados e governo federal, se todos se comprometerem a não dar aumentos salariais, é uma sinalização importante. Aí vamos derrubar a terceira torre dos gastos descontrolados durante a pandemia. Todos têm que contribuir”, destacou.
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