Para suportar os custos do subsídio ao diesel, o governo federal anunciou nesta quinta-feira (31) que vai reduzir incentivos fiscais para exportadores e as indústrias química e de refrigerante, cortar recursos em praticamente todas as áreas, incluindo programas de saúde, educação e moradia, e pôr em prática um programa de subvenção à comercialização do óleo diesel.
TERRA/ECONOMIA
31/05/2018
O programa total chega a R$ 13,5 bilhões, necessários para honrar o que foi prometido aos caminhoneiros, que nos últimos dias foram aos poucos encerrando uma greve que durou mais de dez dias.
O Ministério Extraordinário da Segurança Pública afirmou que não há mais pontos de concentração de caminhoneiros em rodovias federais. Com o fim da paralisação, o abastecimento de comida e combustível em grandes cidades começou a se normalizar.
O presidente Michel Temer atribuiu o fim da greve ao diálogo. “Encerramos a greve dos caminhoneiros por meio de uma atitude minha que, muitas vezes, tem sido criticada, que é o diálogo”, disse o presidente em Brasília, durante um encontro evangélico.
Também os petroleiros, que haviam deflagrado greve nesta terça-feira, encerraram a paralisação nesta quinta. A Petrobras afirmou que todas as suas unidades já voltaram a operar. Segundo a estatal, não houve impactos para a produção e não há risco de desabastecimento.
Medidas anunciadas
O programa de subvenção à comercialização do óleo diesel pretende reduzir o preço do combustível nas refinarias em R$ 0,46 por litro. Desse total, o governo vai subsidiar R$ 0,30, por meio de recursos na ordem de R$ 9,5 bilhões, que serão repassados diretamente aos produtores e importadores de diesel.
Para completar o benefício foram reduzidos impostos que incidem diretamente sobre o diesel, como PIS/Cofins e a Cide, no total de R$ 0,16, e que equivalem a outros R$ 4 bilhões. O programa começa a valer a partir desta quinta-feira e segue até o fim do ano.
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