Orlando Diniz estava preso desde fevereiro. Empresário tem ligações com Sérgio Cabral

PODER 360
02/06/2018

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes mandou soltar o ex-presidente da Fecomércio do Rio Orlando Diniz. Ele foi preso em fevereiro pela Operação Jabuti, desdobramento da Lava Jato.

A Polícia Federal sustenta que pessoas ligadas à gestão da Fecomércio-RJ estariam envolvidas em desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento de mais de R$ 180 milhões em honorários a escritórios de advocacia.

Desse total, R$ 20 milhões foram parar no escritório de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador. Diniz estava preso por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

“Defiro o pedido de liminar para suspender a ordem de prisão preventiva decretada em desfavor do paciente Orlando Santos Diniz”, escreveu Gilmar na decisão.

Diniz é próximo do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Moravam no mesmo edifício na rua Aristídes Espínola, no Leblon. Ambos também escolheram Mangaratiba, município a 85 quilômetros do Rio, para manter casas de veraneio.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal na Operação Jabuti, Diniz contratou 7 pessoas pela Fecomércio que eram ligadas a Cabral: a chef de cozinha Ana Rita Menegaz, Sônia Ferreira Baptista (ex-governanta da família Cabral), uma irmão de Wilson Carlos (ex-secretário de Governo), a mulher de Ari Ferreira da Costa Filho (operador do ex-governador), a mulher de Sérgio de Castro Oliveira (ex-assessor pessoal) e a mãe e mulher de Carlos Miranda (acusado de operar propina para Cabral).