A ANAJUS participou como ouvinte da reunião desta quarta-feira (9) do Fórum Permanente de Discussão e Acompanhamento da Reestruturação das Carreiras do Poder Judiciário da União (PJU) e teve sua presença registrada pelo conselheiro do CNJ Guilherme Feliciano, que conduziu. Também estiveram presentes os Diretores-Gerais dos Tribunais Superiores, integrantes da administração do Judiciário e representantes de entidades sindicais.
Na ocasião, foram debatidas duas propostas principais para o reajuste dos servidores. A primeira, construída entre o Sindjus-DF e a própria Fenajufe, previa um reajuste de 5% no Vencimento Básico (VB) e elevação da Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ) para 165%. Essa proposta foi resultado de diversas reuniões e tratativas anteriores, e embora a Federação tenha reconhecido que ela não atendia plenamente os anseios da categoria, foi considerada a melhor alternativa possível para o momento, especialmente no contexto orçamentário de 2026.
A segunda proposta, apresentada pela administração do Judiciário, consistia em um reajuste linear de 8% sobre o vencimento básico, com efeitos financeiros também a partir de julho de 2026.
No momento da votação, porém, dois dirigentes da Fenajufe se abstiveram de votar, contrariando o acordo firmado entre Sindjus-DF e Fenajufe. A quebra do compromisso foi lamentada publicamente pelo representante do Sindjus-DF, que reiterou que a proposta consensual havia sido amplamente debatida no Fórum de Carreiras, sendo construído um caminho coletivo de avanço para a categoria.
Com as abstenções, a proposta de 5% no VB com GAJ de 165% não atingiu a maioria necessária. Prevaleceu, assim, a proposta da administração de reajuste linear de 8% sobre o vencimento básico.
De acordo com análise apresentada durante a reunião, caso as abstenções não tivessem ocorrido, haveria um empate de 9 votos para cada lado, o que abriria espaço para o voto de minerva do conselheiro Guilherme Feliciano. Considerando sua postura de mediação e abertura ao diálogo, havia grande expectativa de que seu voto fosse favorável à proposta consensual construída pelas entidades.
Com o resultado da votação, os servidores deixaram de obter um reajuste estimado em até 7% a mais do que o aprovado, e muito inferior aos cerca de 15% que poderiam ter sido alcançados. O episódio revela mais uma vez os riscos de desarticulação entre as representações da categoria, especialmente em um contexto de negociações complexas e disputas por espaço institucional.
A ANAJUS lamenta profundamente o desfecho da reunião e reforça seu compromisso com a valorização da carreira dos Analistas Judiciários e de todos os servidores do PJU. A entidade seguirá acompanhando os desdobramentos da reestruturação e atuando com firmeza e responsabilidade em defesa do mérito, da técnica e do serviço público de qualidade.
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