ENTREVISTA EXCLUSIVA

Conheça a história da Náthaly: 1º lugar no STJ – Analista Judiciária, Área de Apoio Especializado, Psicologia

A psicóloga Náthaly Eloi Ferreira conquistou o 1º lugar na ampla concorrência para o cargo de Analista Judiciário – Área de Psicologia – no concurso do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta entrevista à ANAJUS, ela compartilha sua trajetória, desafios, frustrações e esperanças em relação à nomeação e à atuação da entidade.

ANAJUS Sua nomeação depende da aprovação do PL 4303/2021. Está acompanhando a tramitação do projeto?

Náthaly – Sim, estou acompanhando ativamente.

ANAJUS Caso o PL seja aprovado, você possui disponibilidade imediata para assumir o cargo?

Náthaly – Sim.

ANAJUSComo surgiu o seu interesse pelo cargo de analista judiciário? O que mais te atrai nessa carreira?

Náthaly – Desde que eu comecei os meus estudos em 2018 eu almejava carreiras que fossem do Judiciário Federal. Meu interesse pelo cargo de analista judiciário na área de Psicologia surgiu a partir do desejo de aplicar meus conhecimentos em um contexto institucional sólido e com propósito social. Dentro de todas as aplicações possíveis dos conhecimentos da Psicologia em um órgão da justiça, acredito que o Poder Judiciário oferece um espaço estratégico para desenvolver ações voltadas à promoção da saúde mental, qualidade de vida no trabalho e fortalecimento das relações institucionais.

O que mais me atrai nessa carreira é a possibilidade de contribuir para um ambiente mais saudável, eficiente e humano dentro do serviço público. Sei que a saúde dos servidores impacta diretamente a prestação jurisdicional, e vejo o papel do psicólogo como essencial na escuta, prevenção e intervenção em questões relacionadas ao sofrimento psíquico, gestão de pessoas, desenvolvimento de lideranças e cultura organizacional. Além disso, o Judiciário é um espaço que valoriza o trabalho técnico, ético e comprometido com o bem coletivo.

ANAJUSQuanto tempo você se preparou até alcançar essa aprovação e qual foi sua rotina de estudos?

Náthaly – Estudo para concursos públicos desde 2018 e, ao longo desse tempo, fiz muitas provas para diferentes órgãos. Sempre tive o objetivo claro de conquistar uma boa colocação especificamente para o cargo de Analista Judiciário na área de Psicologia, por ser uma função que me atrai tanto no aspecto técnico quanto institucional.

Atualmente, ocupo dois cargos públicos como psicóloga no GDF, o que torna minha rotina bastante intensa. Por isso, minha preparação ao longo dos anos teve momentos de maior e menor intensidade. No entanto, em 2024, com a abertura de vários concursos na minha área voltados para tribunais, redobrei meu foco e dedicação. Foi um dos anos em que mais estive comprometida com os estudos, direcionando todo o tempo livre — por menor que fosse — para revisar conteúdos, resolver questões e consolidar meu aprendizado. Mesmo com os desafios do dia a dia, mantive a constância e a disciplina dentro do que era possível, sempre com o objetivo de alcançar essa conquista.

ANAJUSComo você se sentiu ao ver o seu nome na lista de aprovados e depois, a sua vaga ser convertida para outra área que não a sua?

Náthaly – Ver meu nome na lista de aprovados foi, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes da minha vida, foi ver que tudo valeu a pena. Depois de tantos anos de estudo, quase 10 anos, e mais recentemente, tentando conciliar a preparação com uma rotina puxada de trabalho em dois cargos públicos, cheguei a pensar em desistir. Estudar para concurso é um processo longo, muitas vezes solitário, e com o passar dos anos surgem novas responsabilidades que naturalmente tiram o foco dos estudos.

Por isso, ao lembrar que, no concurso do STJ de 2018, eu nem sequer fiquei classificada, e ver que em 2024 alcancei o primeiro lugar na minha área foi algo muito significativo. Foi como se tudo tivesse valido a pena: cada hora roubada do descanso, cada fim de semana de renúncia, cada momento de dúvida superado com esforço e persistência. Foi um dia de muita alegria e emoção — de ver que a jornada tinha valido.

Infelizmente, essa alegria durou pouco. Quando soube que os cargos da minha área haviam sido convertidos para outra especialidade (AJAJ), senti uma enorme frustração. É um choque perceber que, mesmo fazendo tudo que está ao nosso alcance — estudando com seriedade, sendo aprovado com excelência — ainda assim há fatores que fogem completamente do nosso controle e que podem impedir a concretização desse sonho.

Confesso que, por um momento, perdi a esperança. Mas sigo acreditando que o esforço e o mérito devem ser respeitados. Tenho confiança de que, com a aprovação do PL 4303/24, esses cargos possam ser devolvidos às suas especialidades de origem, e que eu, assim como outros colegas, possamos ocupar de fato o cargo para o qual fomos aprovados com tanta dedicação.

ANAJUSComo conheceu a ANAJUS? E de que forma acompanhou a atuação da associação durante esse processo?

Náthaly – Conheci a ANAJUS através dos demais colegas aprovados, pois foi uma das poucas, senão a única, que apoiou e apoia a aprovação do PL 4303/24. Tenho acompanhado sua atuação por meio das redes sociais.

ANAJUSNa sua visão, qual a importância de ter uma entidade como a ANAJUS, que atua na defesa da carreira e dos direitos dos analistas judiciários?

Náthaly – Extremamente importante. Defendo com muita seriedade os direitos dos servidores. Nos dois cargos que ocupo atualmente sou associada aos respectivos sindicatos e associações. Quando estiver no STJ, da mesma forma, pretendo me associar às entidades que defendem com muita responsabilidade os interesses dos servidores, e a ANAJUS é uma delas.

ANAJUS Deseja participar de mobilizações e ações da ANAJUS em defesa da sua nomeação?

Náthaly – Sim.

ANAJUSQual conselho você deixa para quem está se preparando para o concurso ou sonha em seguir o mesmo caminho que você trilhou?

Náthaly – Ter muita resiliência durante todo o processo. O estudo para concurso público é um projeto de médio a longo prazo, então é preciso ter esse objetivo como prioridade e manter a constância nos estudos, independente das adversidades. Terão períodos em que o rendimento é maior e outros em que é menor, mas o mais importante é a regularidade. Para além das técnicas de estudo, compreender isso eu acho que é o mais importante.

*Publicação e imagem autorizadas pela entrevistada.

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