CUT e Força Sindical se uniram na organização da festa do Dia do Trabalhador para reclamar diante da ameaça de retirada de direitos conquistados há décadas.

Valor Econômico
28/04/2019

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) motivou uma união inédita. Pela primeira vez na história do sindicalismo nacional, todas as centrais estarão sobre o mesmo palanque na quarta-feira, 1º de maio. As medidas nas áreas da Previdência Social e trabalho encampadas pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes provocaram também uma parceria

Segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”, as medidas nas áreas da Previdência Social e trabalho encampadas pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes provocaram também uma parceria singular.

Contra a aprovação da reforma da Previdência, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical se uniram na organização da festa do Dia do Trabalhador.

Com um orçamento de R$ 700 mil — fruto do rateio das dez centrais — os sindicalistas pretendem reunir 200 mil trabalhadores no Vale do Anhangabaú, na região central da cidade de São Paulo.

Além dos termos da reforma da Previdência, pesou também a asfixia financeira do movimento sindical.

Editada às vésperas do Carnaval, a Medida Provisória 873 suspende o desconto da contribuição sindical da folha de pagamento dos trabalhadores, exigindo que a cobrança dos que desejam contribuir com os sindicatos de suas categorias ocorra via boleto bancário.

Sob ameaça de perda de arrecadação, as centrais decidiram unir esforços.

Para garantir a participação de todas as centrais, os sindicalistas definiram uma pauta mínima para convocação do ato: em defesa dos direitos dos trabalhadores; contra o fim da aposentadoria; pela geração de novas vagas de empregos, além de salários decentes.

Um dos coordenadores do ato unificado, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que a falta de diálogo com Bolsonaro também impulsionou o movimento unificado dos sindicatos.

Segundo Juruna, nesses quatro primeiros meses de governo, Bolsonaro não recebeu um líder sindical além de Paulinho, que é deputado federal.

“A campanha de Bolsonaro foi contra o movimento sindical, contra o trabalhador”, afirma Juruna.

Dirigentes sindicais chegaram a propor que houvesse a inclusão do movimento “Lula Livre” na pauta do encontro. Mas, segundo organizadores, a Conlutas -ligada ao PSTU- não concordou com a ideia.

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