O procurador-geral Augusto Aras tenta apaziguar os ânimos na instituição
UOL/Rubens Valente
17/04/2020
Em meio à crise interna que atravessa na PGR (Procuradoria Geral da República), o procurador-geral Augusto Aras atacou em duas frentes para tentar apaziguar os ânimos na instituição. Primeiro distribuiu e-mail aos membros do Ministério Público Federal para dizer que conseguiu convenceu os presidentes do Senado (Davi Alcolumbre) e da Câmara (Rodrigo Maia) a adiarem a discussão sobre redução de subsídios e vencimentos de servidores públicos no contexto da crise do novo coronavírus.
Na sequência, em uma videoconferência na manhã desta sexta-feira (17), fez um discurso sobre união e tolerância. “É o meu convite à tolerância, meu convite à solidariedade e responsabilidade sociais, é o meu convite para que nós todos sejamos responsáveis e solidários, especialmente num momento em que a epidemia tem dizimado já 200 pessoas por dia e que poderá chegar a níveis muito mais elevados”, disse Aras na cerimônia virtual de posse do novo presidente do CNPG (Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União).
A PGR vive uma crise interna desde o começo da semana, quando se soube que Aras orientou os ministros do governo Bolsonaro a reenviarem para um grupo de trabalho da PGR – que ele mesmo coordena – as recomendações que já receberam ou que venham receber dos membros do MPF no contexto da crise do coronavírus. Nos ofícios, Aras falou em possibilidade de “exame” das recomendações.
Um grupo de 24 procuradores da primeira instância nos Estados e outro formado por 14 subprocuradores-gerais da República, que trabalham no mesmo prédio de Aras, em Brasília, condenaram a medida como uma ofensa ao princípio da independência funcional dos membros do MPF.
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