Declarações do presidente e Paulo Guedes colocam em dúvida a abertura de novos certames
Diná Sanchotene
Gazeta Online
27/06/2019
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já declarou que não vai abrir novos concursos públicos e o
presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto que altera regras para lançar processos seletivos. Além
disso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias não contempla a previsão de abertura de novas vagas, sem contar a
informatização e terceirização dos serviços públicos. Diante deste cenário, fica a dúvida: será que os
concursos públicos vão acabar?
Especialistas garantem que não! Segundo eles, não haverá paralisação nos certames, pois a máquina pública
precisa renovar seus servidores para manter suas funções e cumprir seus deveres constitucionais.
O coordenador pedagógico do AlfaCon, Daniel Lustosa, lembra que o Poder Executivo federal é
responsável por cerca de 8% dos cargos públicos disponíveis no país, restando oportunidades em outras
áreas.
“Para acabar com concursos, segundo ele, é necessário voltar em 1988 e refazer a Constituição. Se formos
analisar os fatos, veremos que tudo está sendo feito para aprovar a reforma da Previdência. Enquanto o texto
não for aprovado, não vai sair nada. O candidato deve lembrar que há muitos cargos disponíveis nos Poderes
Legislativos, Judiciário, além de Estados e municípios”, destaca Lustosa.
O coordenador lembra que algumas áreas não podem parar, como é o caso do INSS, que tem um quadro de
pessoal defasado e muitas aposentadorias previstas. “Acredito que muitos serviços serão informatizados, mas o atendimento às pessoas não tem como digitalizar. O governo afirma que precisa aumentar a arrecadação, mas para isso precisa contratar mais fiscais. Para aumentar a segurança, que foi uma promessa de campanha, é necessário ter mais policiais. Esses dois pontos reforçam a necessidade da abertura de novos concursos”, destaca Lustosa.
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