Artigo de W.D.M.A.

ACINTE???

Os exercícios retóricos com os quais precisamos conviver, sob o duvidoso manto da defesa seletiva da tentativa de igualar os desiguais, estão a merecer reparos, indubitavelmente.

O espaço é exíguo para descer aos detalhamentos que a esdrúxula situação apresenta, sob viés inclassificável.

Na condição de Analista Judiciário aposentado, sinto-me extremamente preocupado com os posicionamentos da federação.

Deixei a carreira de militar do Exército Brasileiro, nível médio, após quase 20 anos de serviço, para ingressar em cargo de nível superior na Justiça Federal.

Nos 19 anos e 6 meses nos quais trabalhei na Justiça Federal, jamais aceitei filiar-me a sindicato por razões de absoluta convicção face aos posicionamentos sindicais dos quais discordava, além de considerar absurdamente elevado o valor da contribuição sindical, sem contrapartida correspondente. De outra sorte, sempre participei ativamente das diversas manifestações e paralisações que buscavam melhorar o valor da remuneração e das condições de trabalho.

Nos idos dos anos 90, em razão de participar de paralisação por 30 dias em defesa de PCS, a administração suspendeu o pagamento da remuneração. Tempo complicado…

A par de argumentações legais EXTREMAMENTE DISCUTÍVEIS, entendo injustificável no aspecto da moralidade, o posicionamento da federação no sentido de buscar igualar a remuneração de Técnico Judiciário com a de Analista Judiciário.

Imaginar que o Estado-Juiz possa vir a amparar as rasas argumentações da malfadada tentativa de ser obtida a enviesada igualdade remuneratória, denota por parte da federação, surpreendente expectativa de ser obtida uma acintosa incoerência da Administração Judiciária – CNJ – sem deixar de mencionar as elevadas questões jurídicas passíveis de serem aplicáveis ao tema.

*A opinião do autor não, necessariamente, reflete a opinião oficial da ANAJUS.