As avaliações da conjuntura brasileira foram feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal em entrevista concedida ao Estadão
ConJur
11/06/2018
O aniversário de 30 anos da Constituição da República será comemorado, de acordo com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em um cenário que classifica de normalidade, mas de grande instabilidade. De acordo com ele, há uma tensão, entre as forças institucionais, entre a política, o Judiciário e o Ministério Público, o que considera um problema.
As avaliações da conjuntura brasileira foram feitas por Gilmar Mendes em entrevista concedida ao Estadão. Entre os temas debatidos, o surgimento da polarização política no país, os governos de Fernando Henrique Cardoso e do PT, a própria trajetória, a operação “lava jato”.
“Os promotores ganharam uma notoriedade que nunca teriam e passaram a imaginar que dirigiriam o país”, diz o ministro. Para ele, embora a operação “lava jato” tenha “grandes méritos”, ela ganhou um protagonismo “problemático”. “A derrocada e o comprometimento de praticamente todas as forças políticas, a indistinção — ninguém distingue mais se são casos de caixa dois ou de corrupção, vão todos para a mesma vala.”
Para o ministro, a “lava jato” ganhou ares de ideologia. “A verdade é que todo mundo passou a ser um lava-jatista”, disse. Quando qualquer debate sobre excessos do Judiciário ou do Ministério Público é levantado, é logo rebatido com a acusação de que se trata de um tentativa de enfraquecimento da operação, afirma o ministro.
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