Entidades do Fonasefe reforçam luta dos federais na próxima terça, 18. Durante ato em frente ao Ministério da Economia será entregue carta de reivindicações que terá como centro da pauta índice correspondente a perdas inflacionárias
Condsef/Fenadsef
17/1/2021
Reunidas na sexta-feira passada, entidades que compõem o ₢ definiram pela participação
no dia de lutas e mobilização que acontece na próxima terça, 18.
Em Brasília duas atividades estão confirmadas: às 10h em frente ao Banco Central e às 15h no Bloco P do Ministério da Economia onde será protocolada uma carta de reivindicações. No centro da pauta estará a cobrança de 19,99% de reposição salarial para todos os servidores federais. O índice corresponde a perdas inflacionários de 2019 a 2021, equivalente aos três anos do atual governo. Só em 2021 essa perda foi de 10,74%, que corresponde ao IPCA do período.
Entidades CUTistas que formam a Aliança das Três Esferas e representam os servidores públicos federais, estaduais e municipais também divulgaram nota para defender os direitos da categoria atacados pelo governo de Jair Bolsonaro, prefeitos e governadores aliados; conquistar a reposição dos salários para todo o funcionalismo e defender os interesses de todos os brasileiros e brasileiras.
“É preciso colocar no centro da agenda a luta para reverter tudo que foi feito contra o povo desde 2016. Revogar todas as medidas e reformas que atacam os direitos do povo com a EC 95 (que congelou o teto de gastos), e as reformas trabalhistas e da previdência”, diz trecho da nota. De acordo com o documento, entre as tarefas mais urgentes da categoria estão a luta para derrotar de uma vez por todas a chamada reforma Administratrativa, proposta por meio da PEC 32 e garantir a reposição salarial de toda a categoria. Confira a íntegra aqui.
As atividades do dia 18 serão um pontapé inicial da Campanha Salarial unificada dos servidores federais. A agenda de mobilização da categoria terá continuidade com manifestações no dia 24 de janeiro que marcam o Dia Nacional de Luta dos Aposentados. Ainda esse mês, no dia 27, uma Plenária Nacional dos Servidores Públicos será realizada de forma online e no dia 28 a categoria promove uma coletiva de imprensa para divulgação do calendário de luta e da campanha salarial 2022.
A crise com servidores públicos foi iniciada com a declaração de Bolsonaro de que concederia reajustes apenas a carreiras ligadas à polícia, considerada base de apoio desse governo. A promessa gerou reação imediata dos demais servidores federais. Uma onda de protesto que incluiu entrega de cargos e debate de paralisações teve início já no final do ano passado.
Fato é que frente a esse cenário de incertezas apenas a mobilização e a unidade dos servidores em torno de uma luta justa por reposição salarial podem ajudar a categoria. A maioria amarga cinco anos de salários congelados com perdas que podem ultrapassar 40%.
Jornada de luta e greve
As atividades de janeiro vão seguir debatendo a possibilidade de uma greve geral no setor público. Na reunião do Fonasefe as entidades sinalizaram para a realização de uma jornada de luta com estado de greve entre os dias 14 e 25 de fevereiro. Um indicativo de greve nacional foi apontado para o dia 9 de março.
O Fonasefe seguirá realizando reuniões semanalmente, todas as sextas-feiras, às 8h30. O próximo encontro está confirmado para o dia 21.
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