Levantamento aponta que somente em 2044 será alcançada taxa de 22% de juízes negros no Judiciário
Folha de São Paulo
Renata Galf
26/10/2020
Mudanças na resolução sobre cotas no Judiciário, para torná-la mais efetiva, estão entre as propostas apresentadas pelo Grupo de Trabalho sobre Igualdade Racial no Judiciário em relatório apresentado na última semana ao plenário do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Criado com prazo de três meses, o grupo também sugeriu a criação de um espaço permanente dentro do Judiciário para tratar do combate ao racismo. O GT foi instituído em julho pelo CNJ com o objetivo de elaborar estudos e indicar soluções para a formulação de políticas judiciárias sobre igualdade
racial.
Em 2015, o CNJ aprovou resolução que determinou a reserva de 20% das vagas nos concursos da magistratura para pessoas negras. À época, a projeção era a de que o percentual de 22% de magistrados negros seria alcançado em 2018. No entanto, a atualização deste estudo, apresentada em julho deste ano, aponta que ainda serão necessários 24 anos para que a taxa de 22% seja alcançada levando em conta o atual cenário.
Apenas em 2044 seria alcançada a taxa de 22% de magistrados negros judiciário. Sendo que, na Justiça Estadual, a estimativa é 2049.
A diretora-executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, Gabriela Moreira de Azevedo Soares, em seminário em julho, apontou que
diferentes fatores contribuíram para que a meta não fosse alcançada, entre eles a desaceleração dos concursos públicos.
—
Para ver a notícia na fonte, clique AQUI.