Um conservador na cova dos leões

Guilheme Silva (*)
Analista do MPDFT

O Antigo Testamento narra a história do profeta Daniel, um jovem príncipe judeu levado como prisioneiro de guerra pelas tropas do Império Babilônico, em meio à Rebelião para Independência de Judá[1]. O livro de Daniel tem a finalidade de sustentar a esperança do povo fiel e, ao mesmo tempo, provocar a resistência contra os opressores[2].

O capítulo 6º é a narrativa de uma trama causada por oficiais do Império Aquemênida, no reinado de Dario, o Medo. Por inveja, os presidentes e príncipes nomeados pelo rei fizeram Dario assinar um decreto real que não permitia a adoração a nenhum deus, senão, somente ao rei. Quem desobedecesse este decreto seria jogado na cova dos leões. Daniel, mesmo amigo do rei Dario, é pego em oração ao Deus de Israel e, portanto, jogado em uma cova com leões famintos. No entanto ele acaba escapando milagrosamente de ser devorado pelas feras[3]. Daniel disse que Deus mandou um anjo que fechou a boca dos animais. Então, o rei Dario mandou tirar Daniel da cova e mandou jogar as pessoas que fizeram o rei fazer o decreto.

Tímido paralelo

Longe de mim fazer paralelo de minha figura com o profeta Daniel, em quem se achava “a luz, e o entendimento e a excelente sabedoria” (Dn 5:14). Mais longe ainda estou dele na fé inabalável e na confiança que tinha em Deus. Já aviso o leitor para que não pense em mim como um arrogante querendo se comparar a esse profeta e sua história. Sou pequeno e não passei por um milésimo do que Daniel passou e sobrepujou. Tenho nele um exemplo, um modelo de conduta, confiança e resistência. Por isso, narro aqui essa história inspiradora. A Bíblia apresenta diversas histórias maravilhosas e a habilidade de fazer analogia dessas narrativas com nossa vida íntima nos fortalece e ampara.

Entendamos aqui que analogia estabelece relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos. Tomemos como princípio a boa vontade de observar essa identidade de relação guardando a devida proporção entre a vida de Daniel e o episódio comezinho (porém grave) de que fui vítima.

O paralelo precário que quero aqui fazer, instigado pelo colega Wemerson Moreira (STJ), que presenciou o que aconteceu comigo, por ocasião do 10º Congrejufe, e encontrou essas semelhanças, busca refletir sobre o episódio de minha expulsão do evento promovido pela Fenajufe ( Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU) sob a injusta acusação de racismo, como ficou demonstrado em vídeo que viralizou na internet e na mídia, e motivo de queixa-crime registrada por mim com depoimentos de testemunhas na Delegacia de Polícia Civil de Águas de Lindoia (SP).

Tentações do mundo

 Daniel chega à Babilônia como escravo. Porém, mesmo longe de sua terra e passando por diversas adversidades, o profeta mantém viva a sua fé e sua fidelidade a Deus. Quando é convidado a jantar com o rei e se deliciar com os manjares servidos com os utensílios sagrados retirados de Jerusalém, Daniel se nega e se alimenta exclusivamente de legumes durante dez dias. Ao final desse período, Daniel se mostrou mais sábio, mais formoso, mais forte do que todos. Daniel não se contaminou com o mundo. “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.” (Dn 1:8)

Quando cheguei à terra estranha de Águas de Lindóia (SP) em delegação também, me deparei com tentações e adversidades. A pressão para que eu desistisse de apresentar minha proposta de resolução pela suspensão do pleito da alteração do requisito de ingresso do cargo de técnico já havia começado antes mesmo do embarque. Já no congresso, a todo tempo, tentavam me convencer de que minha fala poderia trazer constrangimento e prejuízo político ao grupo de que eu fazia parte. Mas, a exemplo de Daniel, guardei os meus princípios, busquei honrar àqueles que confiaram em mim para representá-los e não cedi. Eu estava confiante de que defenderia o justo e o certo; portanto, mesmo em minoria, a verdade estaria a meu lado.

Ensina o filósofo Olavo de Carvalho que aquele que deseja perseguir o desenvolvimento da vida intelectual deve aderir a dois tipos de voto de pobreza:

  1. o voto de pobreza em matéria de opiniões, ou seja, um voto de ter opinião sobre muito pouca coisa e se reservar para opinar sobre coisas em que você teve efetivamente tempo de pensar, e no resto você consentir em permanecer em dúvida, até mesmo, se for preciso, pelo resto de sua vida;
  2. um outro tipo de voto de pobreza que é a renúncia à busca de apoio, ou seja, você não acreditar que o número das pessoas que o apoiam representa um argumento efetivo em favor da veracidade do que está dizendo.

Em todas as questões mais difíceis, a maioria geralmente está errada. Como dizia Nelson Rodrigues: “A unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Eu estava em minoria, mas a verdade não está no número. Minha convicção não havia sido formada por interesses políticos ou de forma açodada, era fruto de muito estudo e reflexão.

A verdade inconveniente

Daniel, então, se distingue dos demais, a Luz de Deus brilha sobre ele. Ele passa por três reis, até chegar o reinado de Dario, o Medo. Exaltado por Deus, Daniel detinha não só a sabedoria, mas dons de revelação (através de sonhos e visões). Dario nomeia 120 príncipes (sátrapas) para ajudá-lo a governar a Babilônia e acima deles três grandes “presidentes” (supervisores) – um deles Daniel – para administrar e ter como subordinados os 120 príncipes (Dn 6:2). Mas, Daniel estava acima de todos eles. No coração do rei, havia o desejo de promover Daniel como um primeiro-ministro, subordinado apenas ao rei (Dn 6:3). Percebendo essa predileção, os administradores e supervisores começaram a maquinar de que forma poderiam destruí-lo. Estavam movidos pela inveja, pelo orgulho e pelo egoísmo. Eles começam a procurar uma brecha em Daniel. Alguma falha de caráter que poderia eliminá-lo e dar prosseguimento em seus planos.

Semelhante posso dizer que ocorreu comigo. Fui alvo da conspiração de mais de 500 pessoas. Logo no primeiro dia, apresentei recurso ao plenário contra decisão da diretoria colegiada que havia censurado o artigo[4] que escrevera sobre o levantamento que fiz com todo s os órgãos do PJU e MPU acerca da escolaridade dos técnicos. O artigo era inconveniente, pois expunha a mentira de que a grande maioria dos novos técnicos possuía graduação. Era uma verdade desagradável, era a destruição de uma narrativa mentirosa. Fizeram de tudo para me calar, e o plenário manteve a censura a qualquer posicionamento contrário a deliberações em instâncias da Fenajufe. Alguns ainda defenderam a liberdade de manifestação, porém não se posicionaram contra aquela arbitrariedade casuística. Todavia, isso não seria suficiente para me dissuadir.

Armadilha de fé

Daniel era um espírito excelente (Dn 6:3). Os invejosos não encontraram nele nenhuma brecha, não tinham como acusá-lo. Então, pensaram que só poderiam atingí-lo através de sua fé ostensiva em Deus, posto que Daniel não escondia suas crenças e quem ele era: não era dissimulado. O profeta orava três vezes por dia. Assim, os presidentes e príncipes propuseram ao rei um decreto para que, no prazo de 30 dias, ninguém pudesse pedir nada a ninguém ou a algum deus que não fosse o próprio rei. Quem desobedecesse seria atirado à cova dos leões.

Em humilde paralelo, posso dizer que os delegados do congresso, opositores às minhas ideias, agiram da mesma forma sorrateira. O ambiente sindical é majoritariamente partidário e alinhado à ideologia socialista. Ou seja, há ali uma lei velada de que todos devem adorar ao mesmo deus (Karl Marx) e rezar a mesma cartilha (comunismo), variando sutilmente o tom de vermelho que vai determinar os rumos das entidades. As divergências são apenas administrativas ou de método, porém os fins sempre são os mesmos. Mas eu não escondia as minhas crenças. Eu não fazia parte daquele alinhamento político-ideológico-oportunista e demonstrei isso de forma ostensiva desde o primeiro dia de congresso. E, assim como Daniel, eu não negaria o meu convencimento para me refestelar no banquete do oportunismo sindical.

Como não seria possível me atingir pelo que eu pensava, embora tivessem me calado ou impedido minha fala sempre que a divergência que eu apresentava lhes atingia as convicções, buscaram desvirtuar minha visão de mundo. Distorceram o sentido de uma camiseta que eu usava como o pretexto ideal para me expurgar daquele ambiente. A minha crença e a desobediência à lei torta iriam me atirar às feras.

Uma pena que servidores do Judiciário e do Ministério Público, cegos pela ânsia de calar uma voz divergente, tenham ignorado conceitos basilares de justiça como a ampla defesa e o contraditório. “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (Jo 7:24).

Uma lei inocente

O rei Dario, iludido pela bajulação de seus subordinados, assinou o decreto que visava a exaltá-lo perante todo o seu reinado (Dn 6:7). Não se atinou que a real intenção daquela lei era a de perseguir e destruir a Daniel. Os príncipes e presidentes tinham receio de perder poder com a justa ascensão de Daniel, por isso, buscavam eliminá-lo.

Muitas leis ainda hoje são feitas com aparência de fazer o bem, mas o objetivo de seus criadores, ou de quem se articula para aprová-las, nem sempre é nobre. Um exemplo disso, combatido por mim e uma das causas de minha perseguição, é exatamente o projeto de elevação do requisito de ingresso de escolaridade (de nível médio para superior) do cargo de técnico nos quadros do Poder Judiciário da União e Ministério Público da União (vulgarmente chamado de NS). O projeto, que aparentemente tem apenas o condão de “adequar à realidade” a seleção de candidatos ao cargo de técnico, carrega em seu bojo a expectativa de elevar remuneração de uma categoria em detrimento de outra; usurpar atribuições dos analistas; além do dano social de fechar o acesso do PJU/MPU a mais de 90% da população brasileira (sem graduação).

Assim como os conspiradores esperaram, na espreita, Daniel desobedecer ao decreto injusto, o mesmo se dará na aprovação (hipotética) do nefasto projeto da militância pró-NS. Ato contínuo, pedirão outro decreto e mais outro ao rei de ocasião para que seus desejos patrimonialistas[5] por poder sejam atendidos, sacrificando pelo caminho todos aqueles que ousarem atrapalhar seus planos.

 Opressão e tirania

 Atribui-se ao livro de Daniel a finalidade de sustentar a esperança do povo fiel e, ao mesmo tempo, provocar a resistência contra os opressores. Para os cristãos, a quarta principal profecia do livro de Daniel é o livramento do povo de Deus dos seus opressores (Dn 12:1). Ainda segundo a crença cristã, as profecias constituem uma ponte divinamente construída desde o abismo do tempo até as ribeiras sem limites da eternidade, uma ponte sobre a qual aqueles que, como Daniel propõem em seu coração amar e servir a Deus, pela fé poderão passar desde a incerteza e a aflição da vida presente à paz e a segurança da vida eterna.

Daniel foi habilidoso na tarefa (dada por Deus) de conseguir, na corte de Nabucodonosor (e posteriormente com Dario e Ciro), a submissão da vontade do rei à vontade de Deus para que se realizassem os propósitos divinos. Daniel apresentou ao rei o Deus de Israel e seu poder (interpretando sonhos, liberto do fogo ardente, demonstrando superioridade intelectual, sobrepujando os leões, etc.), sendo assim instrumento de Deus na terra para a cumprimento de seus desígnios. Reconhecendo a superioridade, onipotência e onisciência de Deus, Nabucodonosor louva ao Rei do céu e afirma que Ele pode também “humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4:37).

Quando fui vítima da turba ensandecida que protagonizou o tribunal de exceção que culminou em minha expulsão do Congrejufe, eu ostentava um símbolo da luta contra a tirania. A cascavel, presente na bandeira de Gadsden, enquanto símbolo da América, denota um princípio sagrado para quem segue a filosofia de “liberty” – um termo difícil de se traduzir apenas como liberdade[6]. A cascavel nunca ataca sem antes avisar que está presente (através do chocalho em sua cauda) e que foi provocada. “Não pise em mim”, portanto, se refere ao comportamento que mais parece dizer “não vou atacar, mas saiba que se for provocada por você, eu saberei escolher bem meu alvo”. Segundo Benjamin Franklin, a cascavel seria o símbolo das colônias americanas, por lhe parecer um animal vigilante e magnânimo, que, entretanto, ataca fatalmente, se provocado ou desafiado[7]. Jamais um símbolo de resistência contra a opressão poderia significar “supremacia branca” contra a minoria negra (fulcro da acusação que sofri)[8].

Portanto, como a realidade prescinde de verossimilhança, ostentando um símbolo da luta contra a tirania, me vi vítima dela mesma.

Seja feita a vontade da massa

Daniel não se intimidou, não cedeu ao decreto humano que poderia custar a sua vida, pois confiava no Senhor, era fiel. Continuou fazendo suas orações como sempre (Dn 6:10). Sabendo que o profeta não iria negar seu Deus, os presidentes e príncipes pegaram Daniel em flagrante durante suas preces e contaram ao rei. O rei entristecido tentou de tudo para livrar Daniel da pena, porém o decreto era irrevogável (Dn 6:14). Sendo assim, Dario levou o profeta[9] até a cova, ordenou que colocassem uma pedra na frente da porta e selou a entrada com seu anel. Naquela noite, o rei não dormiu (Dn 6:18).

“O ímpio espreita ao justo, e procura matá-lo” (Sl 37:32).

Vítima da oclocracia, a situação crítica em que vive a Fenajufe, comandada ao sabor da irracionalidade das multidões (podemos chamar modernamente de “tirania da maioria”, com a proeminência do uso por Tocqueville), fui jogado à cova do “ostracismo sindical”. O fenômeno comportamental das massas foi estudado pelo filósofo espanhol Ortega y Gasset no livro “A rebelião das massas”. Flávio Morgenstern explora esse conceito, explicando o “homem-massa” do ensaísta: o homem-massa é o homem da multidão, o homem que só se satisfaz num espaço lotado, em que todos pensam identicamente, sem necessidade de qualquer tensão, além de seguir o rebanho – via de regra, justamente por isso, ele se considera um “crítico”.

O homem-massa é aquele que passa pela experiência da vida como um ser deslocado, que só se sente pleno em meio a uma massa que o limite da difícil tarefa de pensar, de ser. É o homem que não contribui, mas reivindica seus “direitos”, mesmo sem saber o que é exatamente um direito. É quase uma descrição precisa dos frequentadores de universidades brasileiras, movimentos sociais e sindicatos. Homens que funcionam no automático e gostam de ir conforme a corrente, repetindo palavras de ordem e mantras que seus gurus revolucionários por um “mundo melhor” ditam. Qualquer semelhança com colegas que gritam “imperialismo”, “neoliberalismo”, “opressão”, “fascista”, “racista”, “helenão” e tantos outros chavões[10] é mera coincidência.[11]

O totalitarismo não surge de um golpe de Estado, como se temeu tanto: surge de um pensamento único, planificado, de massas marchando por abstrações, diluindo em um corpo coletivo o que cada ser humano tem de individual.[12] Dessa forma, viu-se, no congresso, manifesto o desejo da massa no justiçamento do único divergente e seu posterior expurgo sob júbilo no espetáculo filmado, fotografado e aplaudido da destruição de meu crachá de credenciado.

 Essa cova não é para a sua morte

Diante dos leões, a fé, a fidelidade e a coragem de Daniel fizeram com que Deus mandasse um anjo para fechar a boca das feras (Dn 6:22). O anjo do livramento protegeu Daniel. “Pois o Senhor ama quem pratica a justiça e não abandonará os seus fiéis.” (Sl 37:28a)

Naquele momento de desinteligência, tumulto, ameaça e agressão, a exemplo da injustiça feita com Daniel, Deus não me desassistiu e enviou o “anjo do livramento” em meu auxílio. “O Senhor está comigo entre aqueles que me ajudam” (Sl 118:7a). Em outras palavras: Deus age através de seus filhos. Vários colegas agentes de segurança trabalharam para me proteger e garantir minha integridade física, em especial o colega Walter Koch (TRT15), que permaneceu ao meu lado (exatamente como um anjo enviado pelo Senhor) durante toda a confusão (podendo ser visto em diversas imagens), acompanhando-me até a delegacia e me deixando em segurança no quarto após os depoimentos. “Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.” (Sl 139:5).

Guilherme Silva e Walter Koch cercados pelos demais delegados do evento / Foto: 10º Congrejufe

É maravilhoso observar como Deus age através das pessoas livrando-nos dos nossos inimigos e das adversidades, quando estamos alinhados com a verdade. Assim como o profeta saiu da cova ainda mais forte (pois havia provado a sua fidelidade e confiança em Deus; teve revelado o poder e os propósitos do Altíssimo; e ainda mostrou a seus inimigos que o Senhor é poderoso para o livrar), eu senti que essa tribulação a que fui lançado foi para minha exaltação. Como disse, certa feita, Chico Xavier: “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor… Magoar alguém é terrível!”.

Plot twist de Deus

Plot twist (reviravolta no enredo) é uma mudança radical na direção esperada ou prevista da narrativa de uma obra. O que os presidentes e príncipes do rei não esperavam, que era encontrar Daniel vivo depois de ter passado a noite na cova dos leões, foi só o aperitivo do que estava por vir. Exaltando Daniel, o rei jogou todos aqueles que conspiraram contra ele juntamente com suas famílias dentro da cova. E diz a Palavra que, antes mesmo que pudessem chegar ao fundo da cova, os leões haviam destroçado seus corpos (Dn 6:24).

Deus só tira os invejosos do nosso caminho depois que nos exalta (manifestando o poder dEle na nossa vida). “Aos justos nasce luz nas trevas” (Sl 112:4a). Durante todos os dias do evento, pela manhã, antes de iniciar os trabalhos, eu ouvia a versão cantada do Salmo 23, buscando a força espiritual para enfrentar a adversidade energética daquele ambiente: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” (Sl 23:4).

Assim como Daniel sobrepujou a própria morte pois era justo e fiel, também teremos primazia sobre pautas nocivas que atinjam nossos direitos, posto que a justiça, a lógica e a verdade estão ao nosso lado.

[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_de_Daniel

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_na_cova_dos_le%C3%B5es

[4] O artigo “Levantamento inédito escancara a fake news do projeto NS” foi retirado do site da Fenajufe, mas sua íntegra está disponível no site da Anajus em: https://anajus.org.br/levantamento-inedito-escancara-a-fake-news-do-projeto-ns/

[5] Denunciei no artigo “O Brasil do presente e as perspectivas de democratização do PJU/MPU”, publicado na Fenajufe, o caráter egoísta, elitista, antidemocrático e patrimonialista do pleito do NS. Disponível em: http://www.fenajufe.org.br/index.php/imprensa/artigos/5566-o-brasil-do-presente-e-as-perspectivas-de-democratizacao-do-pju-mpu

[6] https://www.studentsforliberty.org/historia-bandeira-de-gadsden

[7] https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Gadsden

[8] Ironia o fato de que o artigo “O Brasil do presente e as perspectivas de democratização do PJU/MPU”, mencionado anteriormente, faz defesa da população negra – historicamente marginalizada – que seria a maior prejudicada com o advento do pleito da elevação do requisito de ingresso do cargo de técnico.

[9] Registre-se que Daniel entrou na cova sozinho. Os outros profetas não foram com ele, seus eventuais amigos não foram com ele, aqueles que gostavam dele não foram com ele. Quem me conhece um pouco sabe que costumo sempre repetir a máxima “Quem não espera nada ganha sempre”, reforçando a ideia de que o caminho da frustração é pavimentado de expectativas. Penso que esse aforismo implica um respeito à individualidade, liberdade e espontaneidade, garantindo assim mais autenticidade e verdade nas ações dos outros para comigo. Ademais, estoicamente, entender e se resignar com o que foge do seu controle fornece base para a sanidade nas relações interpessoais.

[10] Sobre a linguagem dos chavões ou “linguagem-pau”, apresentei tese ao 9º Congrejufe com o título “Discutindo os espantalhos da esquerda”, disponível em: http://www.fenajufe.org.br/images/Discutindo%20os%20espantalhos%20da%20esquerda.doc

[11] MORGENSTERN, Flavio. “Por trás da máscara”. Rio de Janeiro: Record, 2015, p. 296

[12] Ibid., p. 297

(*) O artigo publicado não reflete a posição de toda a diretoria da Anajus, mas foi aprovada a sua publicação porque a entidade é dos analistas e está aberta a veiculação dos posicionamentos de diferentes opiniões dos integrantes da categoria, convidando a todos para o envio de novos textos.