Disse esperar que a proposta seja aprovada até o fim de 2020 e minimiza impacto do ano eleitoral
PODER 360
29/01/2020
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), expressou insatisfação nesta 4ª feira (29.jan.2020) com o fato de o governo do presidente Jair Bolsonaro não ter enviado ao Congresso uma proposta de reforma administrativa até agora. Disse que há uma disputa sobre qual reforma vai ser votada 1º: se a administrativa ou a tributária.
Para Maia, a proposta de reforma tributária do professor Bernard Appy, de relatoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), deve ter prioridade. Disse que “não tem culpa” de o governo ainda não ter enviado 1 projeto de reforma administrativa.
“Temos a reforma tributária que foi apresentada no ano passado pelo deputado Baleia, temos a reforma administrativa, que a gente espera que o governo encaminhe na próxima semana. Tem uma certa disputa de narrativa sobre qual matéria deve ser votada 1º. Mas eu não tenho culpa se o governo não mandou a reforma administrativa e a gente está pedindo isso há muito tempo“, disse.
As declarações foram feitas em evento organizado pelo banco Credit Suisse, que reuniu em São Paulo economistas, investidores e representantes do poder público para discutir uma agenda de investimentos no Brasil.
O presidente da Câmara voltou ainda a criticar a proposta do ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, que tratava sobre 1 imposto nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). “Não parecia que tinha 1 bom caminhamento”, disse.
Segundo Maia, as eleições municipais deste ano terão 1 impacto muito menor no Congresso do que a “imprensa está avaliando”. Disse esperar que as duas reformas sejam aprovadas até o fim de 2020.
Para Maia, as reformas da Previdência, aprovada no ano passado, e a tributária são essenciais para reduzir desigualdades do Estado brasileiro. No entanto, admitiu que lobbies contrários podem retardar as discussões das propostas.
“Nossa economia é muito fechada, o que atrapalha o setor produtivo brasileiro. Nosso papel é realizar reformas para diminuir essas desigualdades”, disse. “A matéria é alvo de lobbies e interesses particulares que não contemplam o interesse coletivo”, completou.
Maia também criticou as propostas de privatizações do governo. “Daqui a pouco a Caixa é o maior banco do Brasil”, disse. “Todo mundo quer privatizar até sentar na cadeira, aí passa a achar que a empresa é boa e eficiente”, afirmou.
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