Segundo o ministro, o congelamento é necessário para que os recursos que a União vai mandar para os estados e municípios brasileiros durante a pandemia da Covid-19 sejam usados na saúde e não no pagamento do funcionalismo
Anajus Notícias com informações do Correio Braziliense
29/04/2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta quarta-feira (29/4) o congelamento do salário dos servidores públicos no pós-coronavírus. Mas, desta vez, usou um argumento diferente para apresentar essa proposta. Segundo Guedes, o congelamento é necessário para que os recursos que a União vai mandar para os estados e municípios brasileiros durante a pandemia da Covid-19 sejam usados na saúde e não no pagamento do funcionalismo.
As declarações do chefe da pasta estão aumentando as manifestações contra o novo ataque à categoria, sempre escolhida para pagar a conta pelos sucessivos rombos nas contas públicas, em vez de cortar apadrinhamento político dos cargos em comissão, cortar juros exorbitantes da dívida externa, taxar as grandes fortunas como está na Constituição e extirpar todos os recursos pagos indevidamente aos que ganham acima do teto salarial constitucional. Em vez de fazer isso, o ministro conta mais uma lorota, como a que fizeram para aprovar a CPMF, prometendo que o dinheiro iria para a saúde e acabou desviado cobrir rombos e fazer caridade com incentivos fiscais.
“Se nós vamos mandar R$ 120 bilhões, R$ 30 bilhões extraordinariamente para estados e municípios, esse dinheiro não pode virar um mês de salário”, afirmou Guedes, em live promovida pelo Mercado & Consumo Alerta nesta quarta-feira (29/4).
Guedes lembrou ainda que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concordou em colocar essa “contrapartida do funcionalismo público à crise do coronavírus” no projeto de socorro a estados e municípios que aguarda votação do Senado.
“O presidente Davi Alcolumbre está fechando essa reforma. De um lado, a gente manda mais dinheiro. E, do outro, o Senado assegura que esse recurso não vai virar aumento de salário. É uma garantia de que esse recurso que foi mandado para a saúde, para a assistência médica e para a assistência social, não vai ser transformado em salário. Um garantia de que o recurso vai ser encaminhado à saúde”, afirmou o ministro da Economia.
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