Jornalista Cláudio Humberto critica a decisão da maioria dos delegados do 10º Congresso da Fenajufe que expulsou do evento Guilherme Silva, do MPDFT, autor de proposta pelo fim do ‘trem-bala da alegria’
BandNews e “Diário do Poder” 03/05/2019
Veja o vídeo da expulsão:
O jornalista Cláudio Humberto, colunista da BandNews e do Diário do Poder, classificou como “coisa maluca” a decisão da maioria dos delegados do 10º Congresso da Fenajufe de expulsar do evento o analista Guilherme Silva, do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).
Ele foi acusado de racismo, ele foi expulso aos gritos de “Fora, racista!”, mas acredita que a ação ocorreu pelo fato de haver apresentado proposta contra o Projeto NS, conhecido como “trem-bala da alegria”. O projeto prevê que a escolaridade do cargo de técnico judiciário seja elevada de nível médio para superior, sem que haja a realização de concurso público.
“Que coisa maluca! A que ponto nós estamos chegando? Ao ponto de que a democracia só vale se for como que quero”, afirmou ao evento realizado pela Fenajufe, federação dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União em Águas de Lindoia (SP). “Se não for como eu quero, não tem democracia. É assim que setores de esquerda tem se comportado. E, no setor público, então, meu Deus do céu! E que beleza: fizeram um evento que começou sábado e foi até quarta-feia, dia 1º de maio, aí enforcaram a segunda e a terça em um evento de servidores públicos em Águas de Lindóia”, reclamou.
Cláudio Humberto já havia publicado, no final de 2018, uma notícia contra o ‘trem-bala da alegria’, após o pleito ser reapresentado pela Fenajufe ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Tofffoli. “Agora, eles [os técnicos judiciários] estão querendo de uma canetada, de uma forma totalmente ilegal, inconstitucional, mudar de patamar. Virarem técnicos de nível superior, para ganhar mais”, ressaltou o jornalista.
Segundo a notícia publicado no site do “Diário do Poder”, “a confusão começou por causa da camiseta usada pelo analista, que estampava a bandeira de Gadsden, bandeira histórica dos Estados Unidos. Com uma cascavel em um fundo dourado, a bandeira leva o nome de seu criador, o general e político americano Christopher Gadsden, que criou o símbolo durante a Revolução Americana — a guerra de independência dos EUA. Ainda no símbolo, se lê a frase “Don’t tread on me” — “não pise em mim”, em português.
A bandeira remete ao patriotismo durante a guerra contra os ingleses. No entanto, já foi ligada a movimentos conservadores do Sul dos Estados Unidos e usada durante o movimento Tea Party, da ala ultraconservadora da direita norte-americana.
Segundo o analista, o símbolo “se opõe frontalmente a qualquer ideologia coletivista: comunismo, nazismo, socialismo, entre outras”. Silva registrou boletim de ocorrência e afirmou ter sido vítima de ameaça de morte, injúria, calúnia e agressão física. Há ainda a possibilidade de o analista processar os acusadores por danos morais.
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