Hoje, dia Dia da Consciência Negra, a ANAJUS chama todos à reflexão sobre a necessidade de conscientização para o combate à discriminação racial e para a necessidade de valorização da cultura afro-brasileira. Em especialmente, a comunidade jurídica e a sociedade em geral devem concentrar esforços na luta contra o racismo estrutural que há séculos assola o país.

Conforme destaca Ricardo Westin:

As estatísticas não deixam dúvidas. O Brasil é, sim, um país racista. As posições subalternas da sociedade são, na maioria, ocupadas por negros e indígenas. Eles são as vítimas preferenciais da pobreza e da violência. Os brancos, no extremo oposto, dominam o topo da pirâmide social. Trata-se de uma realidade que começou a ser construída nos primórdios da colonização europeia, quando foram instituídas a escravidão indígena e a negra. Os indígenas deixariam de ser escravos oficialmente na década de 1750, na Colônia. Os negros, em 1888, no Império. Ambos os grupos conseguiram sair da escravidão, mas não puderam ingressar na cidadania plena. Libertos do cativeiro, não ganharam terra, trabalho ou educação. Privados historicamente desses instrumentos básicos de ascensão social, os negros e os indígenas até hoje não concorrem em condições de igualdade com os brancos.

(Racismo estrutural mantém negros e indígenas à margem da sociedade. Acesso: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/01/racismo-em-pauta-2014-racismo-estrutural-mantem-negros-e-indigenas-a-margem-da-sociedade. Fonte: Agência Senado)

Que a nossa luta seja marcada pelo combate ao racismo e pela luta por igualdade de oportunidades para todos.